Consolidada na década de 1980 no Brasil, a cirurgia
bariátrica ou de redução de estômago, como também é chamada, surgiu
inicialmente com a ideia de tratamento da obesidade severa e mórbida. Porém, ao
longo dos anos, observou-se, além da perda de peso, outros resultados
significativos, em especial, referentes ao ganho de qualidade de vida.
Os pacientes apresentavam melhora substancial dos níveis de
glicemia, hipertensão arterial, colesterol, ocorrendo, inclusive, um controle
do diabetes mellitus, chegando até a interrupção do uso das medicações, ou
então, diminuição do número das medicações ou das doses.
Com isso, há cerca de 10 anos, o conceito de cirurgia
metabólica foi incorporado ao termo cirurgia bariátrica. A incorporação do
termo foi feita com base em estudos científicos que comprovaram alterações
endócrinas benéficas.
A cirurgia metabólica, hoje em dia, é aprovada pelo Conselho
Federal de Medicina e indicada para pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC)
maior que 30 que não obtiveram sucesso com os tratamentos conservadores, com
idade entre 30 e 70 anos, e diagnóstico definido de diabetes tipo II há menos
de 10 anos sem controle clínico adequado mesmo com uso de medicações e mudanças
no estilo de vida.
É importante frisar que a cirurgia bariátrica e metabólica
vai muito além da estética. Muitos pacientes procuram o tratamento com o
objetivo de perda de peso e melhora estética, mas a cirurgia é muito mais do
que isso: o seu objetivo é o de reduzir a mortalidade e a morbidade,
aparecimento e agravamento de doenças associadas a obesidade.