Em todo o Brasil foram realizadas 281.392 operações de
hérnia da parede abdominal, sendo 11 mil na região sudeste e 89 no nordeste. Do
total, apenas 1.745 (0,62%) foram realizadas de forma minimamente invasiva.
Atualmente, as hérnias afetam entre 20% e 25% da população adulta no país e
representam a cirurgia mais frequentemente realizadas por cirurgiões gerais.
Apenas no Paraná foram realizadas 18.6 mil cirurgias de
reparação de hérnias da parede abdominal, entre março de 2018 e março de 2019,
de acordo com o DataSus. Destas, apenas 318 (1,7%) foram feitas por
videolaparoscopia.
O presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia da Parede
Abdominal (SBH), Christiano Claus, afirma que para o paciente a cirurgia por
vídeo ou minimamente invasiva possibilita uma recuperação mais rápida, assim
como o retorno às atividades.
“Entre as vantagens da cirurgia por vídeo, comparado com a
cirurgia aberta, estão menor tempo de internamento, diminuição do risco de
infecção da ferida cirúrgica, menor dor pós-operatória e retorno mais rápido às
atividades diárias”, afirma Claus.
Para discutir o tema, cerca de 200 cirurgiões de todo o país
se reuniram em Curitiba, entre os dias 06 e 08 de junho, na Universidade
Positivo. O 4º Simpósio de Videocirurgia de Hérnias da Parede Abdominal
(HerniaLap), trouxe novidades na área técnica, cirurgias ao vivo e
demonstrações de cirurgia robótica.
O que são as hérnias?
A hérnia é um defeito ou um orifício nos músculos do abdome
que permite que o intestino ou uma porção de gordura passe através dele. Ainda
que hérnias possam ocorrer em muitos lugares no corpo humano, elas são mais
comuns na parede abdominal.
“Elas podem ocorrer em qualquer idade, mas, atingem
principalmente os adultos. Como trata-se de uma abertura na musculatura o
tratamento é exclusivamente cirúrgico, com exceção da hérnia de hiato que pode
ser tratada com medicamentos”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de
Hérnia, Christiano Claus.
As hérnias não desaparecem sozinhas e a única forma de
curá-las é a cirurgia.
Ocorrência
As hérnias ocorrem principalmente na virilha (hérnia
inguinal), no umbigo (hérnia umbilical) e no local onde foi realizada
previamente uma cirurgia (hérnia incisional).
Técnicas menos agressivas de tratamento e novos materiais cirúrgicos têm
sido cada vez mais utilizados para melhorar os resultados e beneficiar os
pacientes.
Esta é a cirurgia mais feita em homens no mundo, devido à
incidência e facilidade de se fazer o procedimento.
Sintomas
Entre os sintomas também estão o aparecimento de uma
“bolinha” ou ambulamento na pele da região da inguinal (virilha) ou próximo ao
umbigo ou junto a cicatrizes, que desaparece quando o paciente se deita e
reaparece quando se levanta; dor ou desconforto no local durante ou após
exercício físico. Nos homens, a dor de uma hérnia inguinal pode irradiar para
os testículos.
Hérnias ocorrem principalmente na virilha (hérnia inguinal),
no umbigo (hérnia umbilical) e no local onde foi realizada previamente uma
cirurgia (hérnia incisional). Técnicas
menos agressivas de tratamento e novos materiais cirúrgicos têm sido cada vez
mais utilizados para melhorar os resultados e beneficiar os pacientes.
Fonte: Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal