Hoje em dia, a técnica minimamente invasiva já é consagrada
entre médicos e pacientes. Não há dúvidas sobre seus benefícios. Ao ser menos
agressiva ao corpo gera menor risco de infeção e também de internamento. Apesar
de parecer algo tão natural, a cirurgia minimamente invasiva tem uma longa
história de desenvolvimento, pesquisa e aprimoramento.
A laparoscopia como procedimento cirúrgico surge na década
de 1980, sendo mais difundida na Europa. As primeiras cirurgias realizadas
através desta técnica são as ginecológicas e, posteriormente, de vesícula e
apêndice. Em 1985, o médico alemão Erich Mühe realizou a primeira
colecistectomia (retirada da vesícula biliar) por laparoscopia.
Esta cirurgia marca o início de um novo conceito cirúrgico,
menos invasivo e agressivo ao corpo do paciente. Além da aplicação
laparoscópica (abdômen), a técnica é utilizada em artroscopias (articulações),
toracoscopia (tórax), entre outros.
Dois anos depois, em Lyon, na França, o médico Phillipe
Mouret faz a primeira colecistectomia (retirada de vesícula) por videolaparoscopia.
No início de 1990, a novidade chega ao Brasil. Em julho daquele ano, o médico
brasileiro Thomas Szegö, ex-presidente da SBCBM, realiza a primeira colecistectomia
por videolaparoscopia.
Nesta época é inserido o conceito de cirurgia minimamente
invasiva na área digestiva. Neste mesmo período um grupo de cirurgiões já utilizava
a técnica em cirurgias ginecológicas e também em procedimentos cirúrgicos nas
articulações.
No começo dos anos 2000, a técnica já havia evoluído ainda
mais e já estava bem difundida entre os cirurgiões, inclusive de bariátrica.
Hoje em dia, com o auxílio da tecnologia, as cirurgias minimamente invasivas
estão ainda mais precisas.
As principais vantagens são constatadas durante o processo
de recuperação, que é mais rápido, possibilitando ao paciente o retorno às
atividades em menos tempo, além de oferecer menor risco de infecção e causar
menos dor. O comprometimento estético também é menor, uma vez que as incisões
são menores.
Esses benefícios são percebidos em todas as áreas. Em casos
de hérnias incisionais, por exemplo, a técnica reduz consideravelmente o índice
de recidiva.
Fontes: Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e
metabólica e Jornal Estado de Minas