Medidas para combater à obesidade

O Barilive, iniciativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (SBCBM), que é transmitido todas às terças-feiras, às 20 horas, pelo Facebook, abordou nesta semana o tema: “as medidas para evitar a obesidade”.

No próximo domingo (21), a Sociedade realiza a 1ª Caminhada Nacional de Combate à Obesidade, em 18 cidades do Brasil, com objetivo de melhorar a qualidade de vida da população e celebrar o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, comemorado em 11 de outubro.Àqueles que quiserem participar da Caminhada podem acessar o site da Sociedade e ver as cidades em que a Caminhada será realizada.

“É para incentivar o exercício físico que faz parte da perda de peso do paciente junto com a cirurgia”, afirmou Marçal.

Para o educador físico a prática de exercícios é a parte mais complicada. “A caminhada vai motivar e incentivar o paciente a aderir novos padrões de comportamento. Deixar o sedentarismo é o processo mais difícil para o obeso. É uma iniciativa pioneira da sociedade”, lembrou.

Participaram da transmissão de hoje o presidente do capítulo de São Paulo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o cirurgião Marçal Rossi; o ex-presidente da SBCBM, Luiz Vicente Berti e o educador físico e mestre em ciências endocrinológicas, Marcos Moraes Oliveira. De acordo com o educador físico, pequenas mudanças no dia a dia podem incentivar a mudança de hábitos. “Coisas básicas, as pessoas falam que não têm tempo de fazer atividade física: vamos citar uma mulher com dupla jornada e filhos, ela não pode voltar pra casa antes de se exercitar. Coloca a roupa de ginástica na mochila e vai direto.

Se fizer meia hora de exercício na hora do almoço traz resultado, o mais importante é a frequência”.

Segundo Marcos, cerca de 20% dos obesos frequentam a academia. “É um ambiente adverso ao nosso paciente, mas não posso tirar o espelho da academia, por exemplo, preciso mudar o comportamento do professor que vai acolher esse aluno, fazer com que ele sinta-se acolhido”, afirmou.

Mudanças no dia a dia Berti lembrou que existe a meta dos ‘dez mil passos’. “Trata-se daquele paciente que vai descer uma estação antes do metrô e andar mais até chegar ao trabalho, ou estacionar o carro mais longe, não mandar um WhatsApp para o amigo que trabalha na sala ao lado, mas ir até lá falar com ele”, afirmou.

Para Marcos, Isso educa o paciente ao automonitoramento. “É muito importante para a adesão a um novo programa de vida. O último censo do Ministério da Saúde aponta que 70% das pessoas que não fazem atividades físicas alegam falta de tempo. Hoje temos vários exercícios de 15 ou 20 minutos na academia que dão o mesmo resultado daqueles que passam horas na academia”.

Alimentação

É indicado não fazer exercício físico em jejum, mas o ideal é o paciente obeso seguir as orientações do nutricionista. “Ele sempre deve seguir a orientação do especialista. O meu grande medo é quando o paciente começa a deixar de seguir as nossas recomendações e vai seguir as blogueiras, ou coaching de alguma coisa”, afirmou. Marcos explicou que para perder 1 quilo o paciente precisa gastar 7.700 calorias. “O paciente obeso não pode se enganar e acreditar que porque está fazendo seus exercícios regularmente vai poder sair da academia e comer um brownie”, exemplificou.Os especialistas concordam que entre os grandes problemas da recidiva de peso está a falta de acompanhamento médico. “O paciente passa a não se monitorar mais, passa a faltar em consultas, e é uma coisa preocupante que nós vemos. Ele sente vergonha de voltar ao médico porque acha que decepcionou”, alertou Marcos. Marçal acredita que esse é o grande problema dos pacientes depois de dois anos de operados. “Ele está pesando 60 quilos. Quando vai retornar à consulta está com 61,5 e quer esperar perder para voltar. No mês seguinte está com 63 e assim, vai, 64, 65, 66 … 70. Aí ele entra em desespero, volta quando ganhou dez ou doze quilos, o que fica mais difícil de tratar”, explicou.

Intensidade

O cirurgião bariátrico Marçal lembrou que existem várias formas de atividades. “A pessoa precisa se sentir bem se exercitando, não existe apenas a musculação, tem também a hidroginástica, tem danças, existem várias possibilidades”.

Segundo os especialistas, a prática do exercício depende do objetivo do paciente, se ele quer reduzir a flacidez, reduzir peso ou apenas manter o corpo. “É muito mais importante o paciente aumentar a intensidade da atividade física do que o tempo de duração. Claro que existem riscos de lesões, o paciente ainda está acima do peso, então o que pode ser feito é aumentar a intensidade de dez segundos da caminhada e o outro minuto ser mais leve”, afirmou Marcos.

Balança

Os pacientes têm pequenas alterações de peso durante o dia. “Durante o dia vai ter retenção de líquido e pequenas variações, assim como as mulheres antes ou depois do período menstrual”, afirmou Berti.

De acordo com o educador físico, não deve-se comparar o peso da manhã com o peso da noite, por exemplo. “É importante que o paciente se pesa sempre no mesmo horário para manter uma frequência. De qualquer forma o ideal é que o acompanhamento seja feito dentro do consultório com profissional”.

Tontura

Alguns pacientes reclamam de pressão baixa e tonturas durante os exercícios físicos. De acordo com Marçal, existem várias causas. “Ou o paciente não se alimentou adequadamente, ou fez muito exercício. Se a pessoa tem o mau estar cinco ou seis vezes ao mês, três vezes na semana, peço para ir à nutricionista e pedir orientação. Deve levar tudo o que está comendo, todas as refeições feitas em pelo menos dois dias, e pedir a ela para procurar o que não está adequado”, orientou.

Fonte: https://www.sbcbm.org.br

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