A hérnia é uma protrusão (saliência) de um órgão ou
estrutura quando há uma abertura natural ou adquirida numa região mais frágil
do corpo. É mais comum surgir na região abdominal, mas pode aparecer em outras
áreas do corpo também, como a virilha. Pode ser congênita (presente ao nascer)
ou desenvolver-se ao longo dos anos. Segundo a Sociedade Brasileira de Hérnia
da Parede Abdominal (SBH), entre 20 a 25% da população brasileira sofre com
algum tipo de hérnia. Tanto é que as cirurgias de hérnias são as mais
realizadas por cirurgiões gerais.
Principais causas:
Constipação crônica;
Esforço em excesso com frequência;
Esforço para evacuar;
Esforço para urinar;
Fibrose cística;
Gravidez;
Obesidade;
Próstata aumentada;
Tosse crônica.
Tipos - São vários os tipos de hérnias e os nomes
mudam de acordo com a região do corpo onde ocorrem.
Femoral: Também chamada de crural, caracteriza as hérnias
que surgem abaixo da virilha, junto à coxa. Recebe este nome por aparecer no
canal femoral. É mais comum em mulheres.
Inguinal: Mais comum entre as hérnias abdominais,
recebe este nome as hérnias que surgem na região da virilha. Nesses casos, uma
porção do intestino passa por uma área enfraquecida da parede abdominal chamada
de canal inguinal. Os homens representam 80% dos casos de hérnia inguinal e, em
alguns casos, pode ser expandida para os testículos, desenvolvendo a hérnia
inguinoescrotal.
Incisional: Está relacionada às incisões cirúrgicas na região abdominal.
Em geral, afeta pessoas com mais idade que já passaram por cirurgias quando
mais jovens.
• Umbilical: Como o próprio nome já diz, é a hérnia que surge na parte
inferior do abdômen, quando o músculo ao redor do umbigo não se fecha
completamente. É comum principalmente em bebês.
• Epigástrica: É a hérnia localizada acima do umbigo, na linha média do
abdômen, chamada de Linha Alba, como resultado do afastamento dos músculos
retos abdominais.
Sintomas
Em muitos casos são assintomáticas. Os incômodos começam a surgir quando a
abertura do tecido muscular e a protusão aumentam. A dor pode ser contínua ou
intermitente. Em alguns casos, parte do órgão fica presa no orifício da hérnia,
podendo levar ao bloqueio da circulação. Se uma alça do intestino, por exemplo,
ficar presa pode até romper. Nesses casos, além da dor intensa, ocorre náuseas
e vômitos. Por isso, toda hérnia deve ser tratada.
Tratamento - O tratamento para as hérnias é sempre
cirúrgico e, a cada ano, os procedimentos estão menos invasivos. As cirurgias
minimamente invasivas têm menor risco de infecção, ocorre menos perda de sangue
e o tempo de recuperação é bem menor. Durante o procedimento, o médico
cirurgião recoloca os órgãos na sua cavidade habitual e fecha o orifício
causado pela hérnia. Na maioria dos casos, o procedimento é agendado, porém
pode ser preciso fazer cirurgia de emergência como em casos de rompimento ou
bloqueio de parte de algum órgão no abaulamento provocado pela hérnia.
Fontes de pesquisa
Blog da saúde.org.br
Hospital Sírio Libanês
Ministério da Saúde
Sociedade Brasileira de Hérnia da Parede Abdominal (SBH)