Cerca de 30% das crianças prematuras nascem com hérnia inguinal

Hérnias não são uma exclusividade da vida adulta. Cerca de 80% das crianças prematuras, aquelas nascidas com menos de 37 semanas completas de gestação, apresentam algum tipo de hérnia da parede abdominal (umbilical e inguinal).

Hérnia umbilical, como o próprio nome indica, ocorre na região do umbigo e fecha espontaneamente em 90% dos casos até os dois anos de idade. Para entender melhor, hérnia umbilical significa que a passagem do cordão umbilical pela parede abdominal não foi fechada completamente.

Já a hérnia inguinal, localizada na região da virilha, diagnosticada em 30% dos prematuros, ocorre quando a abertura existente para a passagem dos testículos não se fechou completamente. Os meninos representam cerca de 80% dos casos, porque esse orifício só se fecha no final da gestação, porém, com a antecipação do parto, esse processo nem sempre é concluído. Diferente das meninas, por não ter testículo, tem essa passagem fechada nos primeiros meses da gravidez.

A situação exige atenção especial, inclusive, a orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), no Seguimento Ambulatorial do Prematuro de Risco, é que a criança prematura passe por exames para diagnosticar possíveis casos de hérnias, principalmente a inguinal por demandar de tratamento cirúrgico. Em alguns casos, o bebê necessita de intervenção imediata, quando há risco de encarceramento do intestino por essa abertura. O diagnóstico deve ser feito ainda na UTI Neonatal.

Nos casos dos prematuros, as hérnias são congênitas (presentes desde o nascimento), ou seja, não tem prevenção. É comum ainda crianças apresentarem hérnia logo após o cordão umbilical cair, porém pode surgir também ao longo da infância.

Em ambos os casos, os pais e cuidadores devem ficar atentos ao aumento de volume do umbigo. Essa protuberância pode ser permanente ou torna-se mais visível quando o bebê tossir, chorar ou estiver defecando. Pode ser assintomática ou causar dor. 

Em caso de possível suspeita de hérnia, procure ajuda médica.

Fontes: Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade Brasileira de Hérnia da Parede Abdominal (SBH)

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