Tudo que você precisa saber sobre a Cirurgia Minimamente Invasiva

A Cirurgia Minimamente invasiva, método conhecido como laparoscopia, surgiu no início do século XX, mas apenas nos anos 80 (especificamente em 1982) passou a ser utilizado com caráter cirúrgico, se resumindo basicamente a procedimentos ginecológicos.

Em 1985 foi realizado o primeiro procedimento de retirada de vesícula através do método laparoscópico, fato que revolucionou a área médica e ajudou a difundir o conceito de cirurgia não aberta ou pouco invasiva, muito menos agressiva para o corpo do paciente se comparada ao método padrão, realizado através de um corte que atravessa o abdômen.

A partir daí, as técnicas começaram a avançar paralelamente ao desenvolvimento das lentes ópticas, de lâmpadas portáteis e da própria medicina. Com o passar dos anos, novos equipamentos surgiram, ampliando o número e as possibilidades de cirurgias, como, por exemplo, a utilização do método em casos bariátricos.

Como a cirurgia minimamente invasiva é realizada

A cirurgia acontece através de pequenas incisões feitas no abdômen do paciente, pelos quais são introduzidos instrumentos tubulares ocos, conhecidos como trocarteres. Através dos trocarteres passam os instrumentos cirúrgicos e a câmera (laparoscópio) por um corte próximo ao umbigo.

O primeiro passo é insuflar o abdômen do paciente com CO2, abrindo o campo de visão para realização da cirurgia. O laparoscópio transmite as imagens da cavidade abdominal aos monitores de vídeo de alta resolução, por isso, também é conhecida como Videolaparoscopia.

Vantagens da CMI

Além de inovador, o método oferece inúmeras vantagens para o paciente, dentre elas uma recuperação mais rápida (com a possibilidade de alta no mesmo dia), diminuição do risco de aparecimento das hérnias incisionais (protusão que acaba sendo formada sobre, ou muito próxima, as cirurgias abdominais) e diminuição do índice de complicação abdominal ou infecciosa.

A parte estética também é preservada, a cirurgia causa menos dor e sua recuperação pós-operatória é mais tranquila. Em cerca de uma semana o paciente está liberado para trabalhar enquanto na cirurgia aberta normalmente é necessário mais tempo de repouso para a cicatrização do corte.

Caso queira optar pela técnica aberta

Dito isso, é importante esclarecer também que a técnica aberta não deve ser considerada antiquada, proibida e muito menos errada. Ambas cirurgias entregam um bom resultado, mas quando comparadas possuem suas diferenças.

Atualmente, a cirurgia laparoscópica ou minimamente invasiva é utilizada por praticamente todas as especialidades cirúrgicas abdominais, entre outras, para tratar de doenças benignas e malignas e cabe a você escolher o método ao qual quer ser submetido.

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