Em 1988 a Constituição Federal Brasileira determinou que seria dever do Estado garantir a saúde da população brasileira. Diversos grupos se engajaram em um movimento sanitário pela solução dos problemas encontrados no atendimento da população, defendendo o direito universal à saúde, entre as décadas de 70 e 80.
Dez anos depois, o Congresso Nacional aprovou a Lei Orgânica da Saúde, que detalha o funcionamento do sistema e instituiu as determinações conhecidas até hoje. Esse marco garantiu o direito à saúde universal e gratuita para a população brasileira.
Antes de o SUS ser criado, a saúde pública era liderada pelo Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps), criado em 1977. Contudo, esse sistema não fornecia acesso universal à saúde, pois somente quem trabalhava em empregos formais e contribuíam com a Previdência Social eram atendidos.
Após sua instauração, o sistema ofereceu uma série de avanços para a saúde do brasileiro, conquistando reconhecimento internacional pelo seu Programa Nacional de Imunização, que garante o acesso gratuito para a população de todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), combatendo mais de 20 doenças em diversas faixas etárias.
Também é pelo programa que ocorre o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo. Para se ter uma ideia, só no ano de 2021 foram realizados 12 mil procedimentos. O SUS também oferece assistência integral e totalmente gratuita para a população de portadores do HIV e doentes de Aids, renais crônicos, pacientes com câncer, tuberculose e hanseníase.
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