A vida após a retirada da vesícula

Aliada da digestão, a vesícula biliar é um órgão localizado atrás do fígado com a missão de dissolver as gorduras dos alimentos e ajudar na absorção de nutrientes. Na verdade, a responsável por essa ação não é a vesícula, mas a bile, líquido verde que fica alojado dentro dela aguardando ser requisitado no duodeno (porção superior do intestino delgado), onde entra em ação digerindo as gorduras da dieta. Não raro, essa “orquestra” costuma encontrar uma “pedra no caminho”, chamada de cálculo na vesícula. Estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 10% da população mundial têm o problema. A Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) fez um estudo e estimou que até 20% da população brasileira poderá desenvolver cálculos ao longo da vida. Sintomas  Pessoas com pedras na vesícula costumam sentir dores no lado direito do abdômen - embaixo da costela - e até nas costas, sendo que náuseas e vômitos também são comuns. Esses sintomas tendem a aparecer após refeições com alimentos gordurosos. O incômodo é tão intenso que os pacientes geralmente buscam ajuda médica, pois analgésicos comuns não resolvem. Além disso, cerca de 20% dos pacientes não chegam a apresentar esses sinais de alerta, segundo dados do Hospital Escola da Universidade Federal de Rio Grande (FURG). Tratamento A retirada da vesícula (colecistectomia) é o tratamento mais eficaz em casos de pedras na vesícula, uma vez que o tratamento clínico não demonstra resultados satisfatórios. A cirurgia, que pode ser feita pelo método minimamente invasivo, é segura e a recuperação do paciente é considerada rápida. No caso da cirurgia por vídeolaparoscopia, o retorno às atividades profissionais acontece, em média, cinco ou seis dias depois do procedimento. Novos hábitos Após a colecistectomia, é comum os pacientes apresentarem dificuldades em digerir alimentos gordurosos. Isso ocorre não porque a bile deixou de ser produzida, mas porque não fica mais estocada na vesícula, sendo liberada direto no intestino delgado. Com isso, o consumo em excesso de gordura ou alimentos ricos em fibras dificulta a digestão, ocasionando inchaço no estômago, gases e até diarreia. O ideal é que o paciente adote um novo estilo de vida, trocando alguns alimentos por versões menos gordurosas. Optar por outros modos de preparo, como dando preferência a pratos cozidos ou assados, também pode trazer benefícios. Sugestões de alimentos: Carnes magras, como peixes, frango sem pele e peru;

Frutas, exceto abacate e coco;

Legumes cozidos;

Grãos integrais como aveia, arroz, pão e macarrão integral;

Leites e iogurtes desnatados;

Queijos brancos, como ricota, cottage e minas frescal. Gostou do conteúdo? Deixe seu comentário abaixo. Acompanhe minhas redes sociais para mais informações sobre a área da saúde e CMI.

Você também vai gostar de ler

Benefícios e vantagens da cirurgia minimamente invasiva

Leia Mais

Março Azul Marinho: Vista a Prevenção Contra o Câncer de Colorretal

Leia Mais

Carnaval e Saúde: Saiba como aproveitar a folia de uma maneira saudável

Leia Mais