A vida após retirada do Intestino Grosso

Primeiramente vamos entender o papel do órgão no corpo

O intestino grosso é responsável, principalmente, pela absorção de água e eletrólitos (íons) dos alimentos ingeridos, concentrando o bolo fecal. Ele fica posicionado logo após o intestino delgado, possui cerca de 1,5 metros e se divide em 4 partes, finalizando-se no ânus.

Nele também se concentra a flora bacteriana (microbiota intestinal) que atua nos processos digestivos, além de desempenhar papel na síntese de algumas vitaminas.

Em que situações é necessário considerar sua retirada

Os procedimentos cirúrgicos realizados no órgão tem por objetivo tratar disfunções que, por alguma razão, não se corrigiram com outros tratamentos aplicados anteriormente. Alguns exemplos comuns:

  • Doença diverticular do cólon com complicações;
  • Tumores do cólon;
  • Obstrução intestinal;
  • Apendicite aguda;
  • Megacólon;
  • Doença de Crohn.


Dentre os procedimentos realizados nesses casos, ressalto a Colectomia, considerada uma cirurgia de grande porte que pode retirar parte ou até a totalidade do intestino grosso do paciente.

Muitos realizam a colectomia e continuam defecando normalmente devido a uma adaptação cirúrgica que emenda do intestino delgado ao reto ou ânus. Entretanto, quando não é possível realizar essa ligação surge a necessidade de criar um trajeto externo para a saída das fezes, conhecida como bolsa de colostomia.

Vantagens da cirurgia Minimamente Invasiva nesses casos

Atualmente, o procedimento ressaltado pode ser realizado tanto por via aberta quanto por via laparoscópica ou robótica. Através dessas últimas os riscos da cirurgia normalmente são minimizados.

Algumas das vantagens oferecidas pelo método minimamente invasivo são:

  • Ameniza a dor pós-cirúrgica;
  • Reduz o sangramento pós-operatório;
  • Reduz o tempo de hospitalização;
  • Agiliza o processo de recuperação;
  • Minimiza riscos de infecções;
  • Reduz a incidência de complicações pós-operatórias em geral;
  • Nos casos oncológicos, otimiza a linfadenectomia e margem de ressecção tumoral.

Sobre a qualidade de vida pós cirurgia


Gosto de ser sincero e por isso afirmo que o processo de adaptação pós-operatório poderá ser trabalhoso. Também será necessário repensar a dieta e, em diversos casos, lidar com mudanças na rotina devido à bolsa de colostomia.

Entretanto, muitos temem perder completamente sua qualidade de vida após a cirurgia. Nesses casos, busco apontar que frequentemente temos que nos adaptar a situações em nossa vida, isso não significa perder a qualidade dela.

Muitos pacientes têm uma vida normal depois de remover o intestino, recebendo o apoio da equipe médica, participando de grupos de pessoas ostomizadas ou que também passaram pela colectomia, e – é claro – se informando bastante a respeito de sua nova realidade.

O limite da movimentação é a dor. Se não tiver dor, a pessoa pode realizar o que quiser, e com a incrível capacidade de adaptação que o nosso corpo tem, você ainda poderá realizar muito.

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